Paraguai economizará por não ir a cúpulas regionais

O presidente do Paraguai, Federico Franco, ironizou hoje o fato de que seu governo “economizará” por não ter que participar de cúpulas após ser suspenso do Mercosul e da Unasul.

O líder esteve hoje, com o vice-presidente, Oscar Denis, na inauguração do novo mercado popular de alimentos em Limpo, município próximo a Assunção, onde minimizou a importância do isolamento imposto por seus parceiros. Ele afirmou que essa situação não influenciará o desenvolvimento do país.

“Não vai afetar de maneira alguma a atividade comercial interna do país”, disse. Em tom de brincadeira, Franco disse que sua ausência nas cúpulas dos blocos regionais lhe permitirá “economizar dinheiro” em “coquetéis e banquetes”, segundo a imprensa local.

Franco substituiu o ex-presidente Fernando Lugo, destituído no dia 22 de junho após um julgamento político no Legislativo, que o considerou culpado por mau desempenho de suas funções.

O Conselho de Ministros presidido por Franco analisará a situação em uma reunião segunda-feira, de acordo com Denis.

Tutela

Ontem, Franco afirmou que o país está liberado para fazer negociações com outros países após a suspensão do Mercosul, imposta pelos outros países membros durante a cúpula do bloco, em Mendoza, na Argentina.

Para o mandatário, “acabou a tutela de Argentina e Brasil”, em referência aos dois maiores países do bloco e vizinhos.

“Ao ser suspenso, o Paraguai pode tomar decisões. Vamos considerar os custos e os benefícios. Vamos fazer o que convenha aos interesses do país”, afirmou Franco, em entrevista ao portal argentino “Infobae”.

Ele também reforçou a intenção de sua administração de mostrar o Paraguai à comunidade internacional como “um país livre e independente” e manifestou a intenção de entregar o governo em agosto de 2013, após as eleições gerais de abril.

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