O apagão que afetou o Brasil também se estendeu ao Paraguai, país que recebe da usina hidrelétrica de Itaipu quase 85% de sua energia elétrica. No entanto, o impacto foi significativamente mais breve do que no território brasileiro, já que a maior parte do Paraguai ficou entre 15 e 25 minutos em pleno apagão. A carga total interrompida no território paraguaio foi de 1.401 MW.

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Na mesma noite, embora por um breve período, o Paraguai teve um problema adicional quando dois minutos após a desconexão com Itaipu, a interconexão do sistema paraguaio com a hidrelétrica de Yaciretá (binacional Paraguai-Argentina), no sul do país, também ficou fora de serviço.

Apesar do breve apagão, a população em Assunção não teve muitos problemas, já que está acostumada a frequentes mini-apagões, provocados – segundo os especialistas – por problemas no equipamento antigo do sistema elétrico do país.

A Administração Nacional de Energia Elétrica (Ande), estatal paraguaia de energia, anunciou que o período fora de funcionamento causado pelo apagão de Itaipu provocará uma perda de 5 milhões de guaranis (US$ 704 mil), já que no lapso de quase 25 minutos não pode cobrar pela energia. A Ande descarta categoricamente que o colapso da terça-feira teria sido provocado por uma sabotagem do sistema, tal como indicavam rumores. Segundo a companhia, “a origem do colapso elétrico que atingiu ambos países foi gerada por uma perturbação do sistema elétrico brasileiro”.

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Para complicar, uma tempestade na região do município de Ñeembucú, no sudoeste do país, derrubou nove torres de alta tensão e deixou 30 mil pessoas sem eletricidade. A tempestade provocou danos ao longo de seis quilômetros de extensão da linha de transmissão. No sudeste do Paraguai, próximo à fronteira com o Brasil, outro temporal derrubou várias linhas de transmissão na área da cidade de Santa Rosa.