O Paraguai está em estado de emergência nacional após a confirmação de seis casos de febre amarela silvestre, além da possível chegada da doença em zonas urbanas do país. A notícia foi divulgada no domingo (17) pela agência argentina Telam.
O estado de emergência nacional foi anunciado na última sexta-feira (15) pelo ministro da Saúde, Oscar Martínez, e terá duração de 90 dias. A medida permitirá ao governo paraguaio destinar maior quantidade de recursos à saúde e, conseqüentemente, ao bloqueio epidemiológico da febre amarela, além da compra de vacinas.
Segundo o governo paraguaio, a febre amarela se propagou no país por meio de três casos suspeitos na localidade de Luque, a cerca de 15 quilômetros da capital Assunção, onde está localizado o Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi.
A esses casos se somam mais três de pessoas com sintomas de febre amarela na cidade de San Lorenzo, um dos municípios nos arredores de Assunção, onde, na semana passada, um jovem de 25 anos morreu com a doença.
Martínez afirmou que, com a medida, ?o ministério poderá dispor dos recursos humanos, técnicos e econômicos necessários para lutar contra a febre amarela, mas isso não implica o início de uma vacinação massiva?.
O risco de uma epidemia de febre amarela, erradicada no país há 34 anos, obrigou o governo paraguaio a pedir ajuda internacional para obter a quantidade suficiente de vacinas e imunizar a população.
Desde que foram confirmados os primeiros casos da doença no país, centenas de paraguaios se dirigem diariamente aos centros de saúde para serem imunizados. As autoridades sanitárias ordenaram vacinação de casa em casa exclusivamente nas zonas de risco.