Paraguai decreta emergência na saúde por febre amarela

O governo do Paraguai decretou situação de emergência nacional na saúde com a confirmação de seis casos de febre amarela, após o país ter ficado livre da doença por 34 anos. A informação foi dada hoje pelo ministro da Saúde Pública, Oscar Martínez. "A emergência nacional é um qualificativo que permitirá ao governo usar todos os seus recursos humanos, químicos, orçamentários e logísticos para combater e evitar a expansão do mal", disse Martínez ao sair da residência presidencial, onde teve reunião com o presidente Nicanor Duarte.

Martínez disse que as autoridades de saúde fizeram um bloqueio nos bairros onde foram registrados os casos de febre amarela em uma cidade no Departamento de San Pedro, 220 quilômetros ao norte de Assunção, e no bairro de Laurelty, na periferia da capital. Na zona periférica da capital, três pessoas foram mortas pela doença e outras duas estão em tratamento com suspeita de terem contraído a febre amarela. "Quando recebermos em março as 600 mil doses que pedimos à Organização Panamericana de Saúde, as populações das cidades e zonas rurais em risco serão todas vacinadas", disse o ministro.

O presidente Duarte afirmou que no sábado chegará "outra carga com 50 mil doses doadas pelo Brasil, país que também ajudará a Argentina e a Bolívia". "O Brasil é um país produtor de vacinas" disse. Cerca de 35 mil pessoas já foram vacinadas no departamento de San Pedro, que fica no Paraguai central, a 400 quilômetros da fronteira com o Brasil.

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