O governo russo reafirmou nesta quinta-feira a posição contrária a qualquer iniciativa de intervenção militar na Síria antes da confirmação de que houve uso de armas químicas pelo regime de Bashar Assad. Segundo o porta-voz do governo de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, a decisão sobre o tema precisa de anuência do Conselho de Segurança das Nações Unidas e as provas apresentadas até agora sobre o uso de armas químicas “não são convincentes”.

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Durante entrevista sobre o primeiro dia da reunião de cúpula do G-20, Peskov reafirmou que qualquer ação militar na Síria só deve acontecer após aprovação do Conselho de Segurança. “Só o Conselho pode tomar uma decisão como essa. Países podem tomar essa atitude, mas a decisão não pode ser considerada legítima”, disse na tarde desta quinta-feira.

O porta-voz russo argumenta ainda que nenhuma decisão deve ser tomada “antes da avaliação dos especialistas” sobre a acusação de que o governo Assad teria usado armas químicas contra a população contrária ao regime nos arredores de Damasco. Enquanto isso, diz, os argumentos apresentados até agora não são convincentes. “Não podemos aceitar provas que estão longe de serem convincentes”, disse, ao comentar que o que foi apresentado até agora “não sugere” a ação.

“Nós (a Rússia) precisamos ser convencidos da legitimidade das provas”, afirmou o porta-voz do governo Putin, ao comentar que Moscou não concorda “com alguém que força uma ação” para mudar um regime.

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