Rehman Malik, ministro do Interior do Paquistão, afirmou ontem ser “pouco provável” que Faisal Shahzad – o paquistanês naturalizado norte-americano que tentou atacar a Times Square com um carro-bomba – tenha agido sozinho. “Dizem que ele agiu sozinho”, afirmou o ministro. “Eu tendo a não acreditar nisso.”

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O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou que Shahzad, de 30 anos, continua colaborando com as autoridades e fornecendo informações. Investigadores norte-americanos e paquistaneses estão examinando possíveis ligações de Shahzad com o Taleban e o Jaish-i-Mohammad, um movimento islâmico da Caxemira que luta contra a Índia. O grupo está envolvido na morte do jornalista Daniel Pearl, do “Wall Street Journal”, em 2002.

No domingo, foi divulgado um vídeo em que o Taleban assumia a autoria do atentado. Ontem, porém, o porta-voz do grupo, Azam Tariq, negou ter ligações com Shahzad. “Não temos nada a ver com ele e nunca o treinamos”, disse. Shahzad confessou às autoridades norte-americanas ter dirigido o utilitário Nissan verde cheio de explosivos e estacionado o veículo na Times Square, no sábado. A bomba falhou e não explodiu.

A rede de TV ABC noticiou que Shahzad teria dito a investigadores que estava com raiva porque amigos seus haviam sido mortos por ataques de aeronaves não-tripuladas norte-americanas no Paquistão. Publicamente, o FBI não está confirmando a tese de que Shahzad tomava parte de uma conspiração terrorista internacional.

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“A investigação do FBI está em curso e levará um bom tempo. Embora teorias estejam sendo divulgadas pela imprensa, a função de verificar os fatos é nossa”, disse o porta-voz do FBI, Richard Kolko.