Em comunicado divulgado hoje, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) afirmou que o vírus da gripe suína não foi isolado em animais até agora e que, por isso, a doença não deveria ter esse nome. No passado, muitas epidemias de gripe em humanos com origem animal foram nomeadas de acordo com a região geográfica, como por exemplo gripe espanhola ou gripe asiática, e, portanto, seria lógico chamar a gripe suína de “gripe da América do Norte”, diz a OIE.
Segundo a OIE, o vírus da doença inclui características de componentes de gripe suína, aviária e humana. De acordo com o comunicado, pesquisas científicas devem ser iniciadas com urgência para se saber a suscetibilidade de animais a esse novo vírus e, se relevante, implantar medidas de biossegurança, incluindo possível vacinação para proteger animais suscetíveis. Se for comprovado que o vírus adoeça animais, a circulação do vírus poderia piorar a situação regional e global da saúde pública.
Atualmente, apenas relatos de circulação do vírus entre porcos em zonas de países que já registram casos em humanos justificariam medidas comerciais restringindo a importação de suínos dos países infectados. A OIE e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ressaltaram o grande valor de sua rede de laboratórios veterinários dedicados a gripes, que têm a responsabilidade de avaliar a evolução de vírus de gripe em animais. Há uma forte necessidade de reforçar essa rede, cujos membros têm a obrigação de comunicar imediatamente qualquer sucesso no sequenciamento genético do vírus da gripe.