O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que seu governo possuía informações suficientes para impedir o fracassado atentado contra um avião que aterrissava em Detroit no dia do Natal. Segundo Obama, os serviços de segurança e inteligência não conseguiram conectar os pontos que levariam à prevenção da ação.

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“Este não foi um fracasso para coletar informações de inteligência, mas um fracasso para conectar e entender os dados que já possuíamos”, disse Obama após se reunir com seu gabinete de segurança nacional. “Não tolerarei isso”, afirmou, prometendo reformas e acrescentando que os EUA precisam fazer um trabalho melhor. “Todos os membros de meu governo entendem que precisamos fazer isso rapidamente.”

Na ação, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab tentou detonar um explosivo em pó escondido em sua cueca pouco antes de o avião pousar em Detroit, mas acabou não conseguindo e foi dominado por outros passageiros. Se ele tivesse sido bem sucedido, a explosão causaria um buraco na fuselagem e a queda do avião que levava cerca de 300 pessoas a bordo. Ele havia embarcado em Lagos, na Nigéria, e feito uma conexão em Amsterdã, antes de viajar aos EUA.

Segundo Obama, o sistema de segurança “fracassou de uma maneira potencialmente desastrosa”. O presidente disse que membros do serviço de inteligência norte-americano tinham informações de que Abdulmutallab viajara para o Iêmen, onde a Al-Qaeda na Península Arábica se tornou um dos braços mais poderosos da rede terrorista de Osama bin Laden.

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“O governo dos EUA tinha informações suficientes para impedir o atentado, mas os nossos serviços de inteligência fracassaram ao não conseguir conectar os pontos com informações sobre o nigeriano”, disse o presidente.