O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (29) em San Salvador que a crise econômica dos Estados Unidos é "como se fosse um segredo de Estado".
Lula fez a declaração em seu discurso ao abrir, junto ao presidente salvadorenho, Antonio Saca, uma reunião empresarial entre Brasil e América Central.
O presidente acrescentou que se a crise imobiliária, com reflexos profundos em bancos europeus, fosse em El Salvador, Brasil, Panamá ou Guatemala, o Fundo Monetário Internacional "já estaria aqui com 30 delegações tentando ajudar a recuperar essas economias".
"No caso do subprime ninguém diz nada e nós não sabemos as conseqüências que essa crise pode ter", disse Lula, que estimou que o déficit dos Estados Unidos é muito alto.
O mandatário também advogou por uma aproximação entre Brasil e América Central e anunciou que seu país participará como sócio extrarregional do Banco Centro-Americano de Integração Econômica, que será um canal a mais para facilitar o acesso a financiamentos para novos negócios.
Também falou que o Brasil iniciou uma negociação de um acordo amplo que inclua a busca de um Tratado de Livre Comércio e um acordo de associação entre a América Central e o Mercosul.
O presidente brasileiro chegou ontem a El Salvador para participar do II Encontro Empresarial Brasil-Sica (Sistema da Integração Centro-Americana). Também estão presentes os chefes de Governo do Panamá, Martín Torrijos; da República Dominicana, Leonel Fernández, e da Guatemala, Álvaro Colom.
Essa é a primeira viagem de Lula a El Salvador desde que ambos países iniciaram relações diplomáticas.
