O subsecretário de Estado norte-americano para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, afirmou hoje que os Estados Unidos continuarão a “encorajar os países a pressionar o Irã”, a fim de que o país persa cumpra com suas obrigações na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

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Valenzuela comentou o que Washington espera da aproximação do Brasil com Teerã, consolidada com a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, a seu colega Luiz Inácio Lula da Silva, em 23 de novembro. “Damos as boas vindas ao interesse do Brasil de fazer com que o Irã cumpra suas obrigações”, disse, depois de considerar que houve um “equívoco” na interpretação de recentes declarações da secretária de Estado, Hillary Clinton, sobre as aproximações de países latino-americanos a Teerã. “O Brasil é um Estado soberano e tem o direito de ter relações com qualquer país.”

Na sexta-feira, em Washington, Hillary fez uma ameaça. “As pessoas que quiserem flertar com o Irã deveriam ver quais podem ser as consequências, e esperamos que pensem duas vezes”, declarou. Embora facilmente aplicável à Venezuela e seus sócios na Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), setores do governo brasileiro não tiveram dúvidas de que a mensagem teve o Brasil como destinatário.

Valenzuela insistiu na versão de que o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está aberto ao diálogo e à cooperação com países cujas posições sejam muito diferentes das de Washington. Mas acrescentou que, para o Irã, há dificuldades internas para esse diálogo sobre a necessidade de cumprir com os compromissos multilaterais na área de energia atômica.

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