A contribuição do setor privado no resgate da Grécia é “enorme” e deve continuar sendo uma “exceção”, disseram os dois principais grupos representantes dos bancos alemães.

continua após a publicidade

O acordo prevendo perda de 53,5% no valor nominal da dívida grega detida por investidores do setor privado é “substancial” e o juro sobre a nova dívida do governo grego que os investidores concordaram reinvestir será “muito baixo por vários anos”, disse o grupo BdB, que representa os maiores bancos comerciais da Alemanha, como o Deutsche Bank e o Commerzbank.

Ainda assim, o BdB disse estar confiante de que uma grande parte dos investidores do setor privado irá participar da troca. Os bancos já anteciparam parte das perdas previstas com os bônus gregos e fizeram provisões contra tal risco, portanto, poderão suportar a perda, embora individualmente levarão tempo para “digeri-la”, disse o BdB e a associação VOEB, que representa o banco de crédito Landesbanken.

O VOEB enfatizou que a contribuição com a Grécia é voluntária e deve ser entendida como um caso único. A associação diz ainda que a Grécia precisa implementar reformas e reestruturações “sem se ou mas” e que a Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, deve utilizar mecanismos de controle de “modo rigoroso”.

continua após a publicidade

Os credores privados da dívida grega, representados pelo Institute of International Finance (IIF), negociaram um acordo prevendo redução de 53,3% no valor de face da dívida grega. As informações são da Dow Jones.