O Paquistão restabelecerá o acesso ao YouTube para os internautas do país, mas vai censurar vídeos considerados ofensivos aos muçulmanos, anunciou hoje o governo. Serão bloqueados vídeos “que exibam material profano ou sacrílego”, disse Najibula Malik, funcionário do Ministério de Tecnologia da Informação. As autoridades ordenaram que os provedores de internet apliquem a determinação. Entretanto, na noite de hoje (horário local), ainda não era possível acessar o YouTube na capital paquistanesa.

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Diversos sites foram bloqueados no Paquistão na semana passada por seu conteúdo ofensivo, entre eles uma página do Facebook que pedia aos usuários a veiculação de imagens do profeta Maomé. Muitos paquistaneses apoiaram a censura, porém alguns questionam a razão de sites inteiros estarem bloqueados, em vez de páginas ou vídeos específicos.

O Facebook segue limitado no país e Malik disse que não será tomada uma decisão sobre esse assunto até uma audiência judicial marcada para o fim do mês. A maioria dos muçulmanos considera qualquer representação do poeta como uma blasfêmia, mesmo que seja uma imagem favorável.

Em 2006, houve protestos no Paquistão e em outras nações muçulmanas quando um jornal dinamarquês publicou caricaturas de Maomé. As manifestações se repetiram em 2008, quando esses desenhos foram reimpressos.

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