Equipes de resgate empenhavam-se hoje nas buscas por sobreviventes do forte terremoto que na véspera atingiu o sudoeste do Paquistão, derrubou casas inteiras, provocou a morte de centenas de pessoas e deixou milhares de desabrigados.

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O número oficial de mortos no tremor de terra subiu de 271 para 328 nesta quarta-feira, informaram autoridades locais. O número de feridos supera 440, segundo apuração do serviço da BBC em urdu.

A cifra sobe à medida que avançam as operações de resgate e as equipes de salvamento chegam a áreas remotas afetadas pelo tremor de terra de 7,7 graus.

O abalo sísmico ocorreu na província de Baluquistão, que é ao mesmo tempo a maior, a menos populosa e a mais pobre do Paquistão. A maior parte das vítimas ficou presa nos escombros das casas onde moravam.

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No povoado de Dalbadi, completamente arrasado pelo abalo sísmico, Noor Ahmad contou que estava no trabalho na hora do terremoto. Ele voltou correndo para casa, mas não chegou a tempo de salvar a esposa e o filho, que ficaram presos nos destroços do que antes era a residência da família.

Ahmad diz que ele mesmo tirou os corpos da mulher e do filho dos escombros antes de ajudar outros familiares que se feriram na tragédia. “Estou arrasado. Perdi minha família”, desabafou.

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Ninguém sabe ao certo quantas pessoas morreram em Dalbadi. Homens, mulheres e crianças foram para abrigos improvisados.

Médicos tratavam os feridos, mas diante da escassez de medicamentos e de profissionais da saúde, em muitos casos o máximo que conseguiam fazer era confortar os sobreviventes.

O fato de se tratar de uma área remota e de infraestrutura precária dificultava as ações de salvamento. “Estamos tendo muita dificuldade para chegar às áreas mais remotas”, admitiu Jan Mohammad Bulaidi, porta-voz do governo. “Precisamos de mais barracas, de mais remédios e de mais comida.” Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.