O Paquistão não vai lançar uma ofensiva contra os extremistas da rede Haqqani, apesar da elevação da pressão de Washington após uma série de ataques no Afeganistão que teriam sido cometidos pelo grupo, afirmou uma fonte do setor de segurança.

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Os Estados Unidos e o Paquistão são importantes aliados na guerra contra militantes islamitas no Afeganistão, mas o relacionamento entre os dois países é conturbado e piorou após a morte de Osama bin Laden num ataque secreto no Paquistão, realizado em maio.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas reuniu-se com seus principais generais numa reunião extraordinária no final de semana após uma série de duras repreensões dos Estados Unidos, que responsabilizam os integrantes da rede Haqqani e a inteligência paquistanesa pelos ataques.

O primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani deve convocar uma rara conferência envolvendo todos os partidos, embora ele tenha considerado as acusações norte-americanas como um “bode expiatório” para a “desordem” dos Estados Unidos em dez anos de guerra no Afeganistão.

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Ao ser perguntado se o Exército lançaria uma operação no Waziristão do Norte, perto da fronteira com o Afeganistão e onde está a base da liderança da rede Haqqani, um graduado oficial de segurança afirmou que “eu não acho que há indicativos de que isso vá acontecer”.

Em vez disso, disse ele, o Exército precisa “consolidar os ganhos” conquistados contra militantes locais que representam uma ameaça à segurança em outras áreas do cinturão tribal do Paquistão, que Washington considera como bases da Al-Qaeda.

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Após as negociações, o general Khalid Shameem Wyne, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, expressou preocupação sobre “declarações negativas” e disse que as “irritações” no relacionamento com os Estados Unidos derivam de uma “situação extremamente complexa”.

Em breve comunicado, o Exército disse que está comprometido com alcançar “uma paz duradoura na região”, algo que afirmou só ser possível “por meio de confiança e cooperação mútuas”.

Washington acusou a agência de espionagem paquistanesa, a Inter-Services Intelligence (ISI) de envolvimento no ataque de 13 de setembro contra sua embaixada em Cabul, elevando as tensões entre os dois países. As informações são da Dow Jones.