Paquistão decide, por unanimidade, a não participar do conflito no Iêmen

O Parlamento do Paquistão decidiu por unanimidade não aderir à coalizão liderada pela Arábia Saudita que tem como alvo atacar os rebeldes no Iêmen, intensificando os esforços de desempenhar um papel diplomático e resolver o conflito pacificamente.

De acordo com as autoridades paquistanesas, a Arábia Saudita pediu ao Paquistão que enviasse

tropas para participar na campanha dos principais países árabes sunitas contra os rebeldes xiitas, apoiados pelo Irã, conhecidos como houthis, que tomaram o controle de Sanaa, capital do Iêmen, além de outras regiões.

Mas o Paquistão, predominantemente sunita, que tem uma minoria xiita, que é frequentemente alvo de extremistas sunitas, e faz fronteira com a potência xiita do Irã, tem se preocupado com o envolvimento no conflito, o que poderia gerar uma guerra na região.

A resolução do Paquistão aconteceu um dia depois de o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, visitar Islamabad para discutir o conflito no Iêmen com o premiê paquistanês, Nawaz Sharif, e outras autoridades.

Zarif disse que o Irã está pronto para facilitar as negociações de paz. Ele também pediu um cessar-fogo para permitir uma assistência humanitária. “Temos que trabalhar em conjunto para colocar um fim na crise no Iêmen”, disse Zarif.

Apesar dos legisladores terem optado por ficar fora do conflito, o parlamento manifestou o seu apoio à Arábia Saudita.

Mesmo com os ataques aéreos, os houthis e seus aliados têm avançado para tomar mais regiões. Ontem, eles capturaram Ataq, capital da província de Shabwa, rica em petróleo, após dias de confrontos com tribos sunitas locais.

As forças rebeldes já tomaram 10 das 21 províncias do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa, e estão avançando para Áden, segunda maior cidade do país. Fonte: Associated Press.

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