Um porta-voz do Exército do Paquistão acusou nesta quinat-feira (10) as forças indianas de terem violado um cessar-fogo de 2003 na região da Caxemira. Contudo, um alto funcionário da Índia negou que o país tenha disparado contra posições paquistanesas na região sob disputa.

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O general paquistanês Athar Abbas disse que o Exército da Índia lançou morteiros e disparou armas leves, sem que tenha havido qualquer provocação para isso. As tropas paquistanesas responderam ao ataque, segundo Abbas. O comandante paquistanês da região formalizou um protesto a seu colega indiano, relatou Abbas. Foi marcada uma reunião para tratar do tema.

O porta-voz do Exército indiano, coronel S. D. Goswami, negou qualquer ataque a forças paquistanesas. Ele alegou que militantes sediados no Paquistão abriram fogo contra as forças indianas, enquanto os militantes tentavam chegar à região da Caxemira controlada pela Índia. Goswami disse ainda que, em outro incidente desta quinta-feira, soldados paquistaneses dispararam contra posições indianas. "Nós não retaliamos".

O Paquistão e a Índia têm um histórico de relações conflituosas e lutaram duas de suas três guerras pela Caxemira. A região está dividida entre os países desde a independência deles da Grã-Bretanha, em 1947, mas ambos querem a posse total da área. Mais de dez grupos rebeldes islâmicos também lutam pela independência da Caxemira. Mais de 68 mil pessoas morreram no conflito, a maioria civis.

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A nova denúncia vem à tona dias depois de um atentado suicida perto da embaixada da Índia em Cabul, no Afeganistão, ter matado 58 pessoas. Funcionários afegãos culparam uma agência de inteligência regional pelo ataque da segunda-feira – a fala foi vista como uma referência ao Paquistão, que negou envolvimento.