Centenas de paquistaneses se reuniram nesta segunda-feira (6) para lembrar as vítimas de um atentado suicida que matou 26 pessoas em uma mesquita xiita lotada. Muitas pessoas protestaram contra o ataque, mais uma mostra do aumento da violência militante no país. O enviado especial dos Estados Unidos, Richard Holbrooke, deve chegar a Islamabad ainda nesta segunda-feira (6), para tratar com líderes paquistaneses meios de combater extremistas da Al-Qaeda e do Taleban.

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As pessoas precisavam passar por detectores de metal e revistas antes de seguir para as orações funerais em um estádio de futebol, perto da mesquita atacada ontem em Chakwal. Depois, algumas centenas protestaram em uma das ruas principais da cidade, queimando pneus e cantando slogans contra o ataque.

O pouco conhecido Fedayeen al-Islam, grupo aparentemente ligado ao Taleban, reivindicou a responsabilidade pelo atentado na cidade de Chakwal, a 80 quilômetros ao sul da capital Islamabad. O Paquistão também tem um histórico de violência sectária, geralmente envolvendo extremistas sunitas tendo como alvo muçulmanos xiitas.

O investigador Chaudhry Zulfiqar disse que o número de mortos subiu para 26, após quatro pessoas morrerem em hospitais. No sábado, um alto membro do Taleban paquistanês prometeu dois ataques semanais no país caso os EUA não interrompam suas investidas com mísseis em território afegão. O primeiro-ministro Yousaf Raza Gilani condenou o atentado de ontem e afirmou que as autoridades devem “levar seus perpetradores à Justiça”.

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