Milhares de manifestantes participaram nesta terça-feira do segundo dia de protestos contra o governo na capital dos Paquistão, embora tenha havido confrontos anteriores com a polícia, que lançou gás lacrimogêneo e faz disparos para o alto para afastar alguns manifestantes, que arremessavam pedras.

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Os protesto, convocado por Tahir-ul-Qadri, clérigo que tornou-se nacionalmente conhecido desde seu retorno do Canadá no ano passado, uniu os paquistaneses, que dizem que o atual governo trouxe apenas miséria.

Há, porém, quem tema que Qadri e suas exigências para a realização de reforma eleitorais possam prejudicar as próximas eleições do país, possivelmente a mando dos militares.

Durante um discurso no início da manhã, Qadri pediu que o governo renuncie e pediu a seus seguidores que permaneçam nas ruas da capital até que suas exigências sejam atendidas. Muitos levaram cobertores para suportar o frio e passaram a noite na rua.

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“Eu darei a vocês tempo…para dissolver as assembleias nacional e todas as quatro provinciais, caso contrário a nação vai se dissolver sozinha”, disse ele.

Qadri emitiu várias exigências, todas vagas, para a realização de reformas eleitorais, como o veto a candidatos políticos para assegurar que são honestos e a reestruturação do sistema, de forma que os cidadãos comuns tenham mais oportunidade de participara da política.

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Ele diz que seu movimento faz parte da Primavera Árabe, que derrubou antigos ditadores em alguns países da região. Mas seus críticos argumentam que, embora o governo paquistanês tenha falhado, ele ainda está distante de países com regimes autocráticos arraigados como Egito e Tunísia. As informações são da Associated Press.