Homens armados mataram hoje um paquistanês que trabalhava no Consulado do Irã, na cidade paquistanesa de Peshawar. A ação ampliou o temor sobre a segurança do Paquistão, que realiza uma ofensiva contra o Taleban ao longo da fronteira afegã, na região semiautônoma do Waziristão do Sul.
Nenhum grupo reivindicou o ataque, ocorrido em meio a tensões entre Paquistão e Irã, por alegações de Teerã de que agentes de inteligência paquistaneses participaram de um ataque no mês passado no Irã.
Os agressores abriram fogo contra Abul Hasan Jaffri quando ele estava em um carro perto de sua casa, no centro de Peshawar, segundo o policial Mohammad Kamal. Jaffri era o diretor de relações-públicas do consulado e morreu em um hospital militar. Os homens armados escaparam.
O Irã é um país de maioria xiita, e Jaffri também pertencia a essa vertente do islamismo. A minoria xiita no Paquistão é frequentemente alvo de ataques de militantes muçulmanos sunitas, como o Taleban ou a Al-Qaeda. Esses grupos consideram os xiitas infieis. Um diplomata iraniano foi sequestrado em novembro de 2008 em Peshawar e desde então nunca foi encontrado.
No Waziristão do Sul, a ofensiva das tropas paquistanesas resultou em mais 22 militantes e cinco soldados mortos, afirma o mais recente comunicado oficial, divulgado hoje. Não é possível confirmar a informação de modo independente, pois o Paquistão bloqueia o acesso de jornalistas à zona do conflito.