Papa pede paz no Tibet e no Iraque na mensagem de Páscoa

Na mensagem deste domingo de Páscoa (23), o papa Bento XVI pediu soluções para trazer a paz no Tibet, Iraque e na Terra Santa. Bento XVI fez seu apelo em um discurso na praça de São Pedro que abordou questões globais. Ele lamentou o "sofrido Oriente Médio, especialmente a Terra Santa, Iraque, Líbano e, finalmente, o Tibet, todos os quais eu encorajo a buscar soluções que vão defender a paz e o bem comum".

Na Páscoa, "em particular, como podemos falhar em lembrar certas regiões africanas, tais como Darfur e Somália", acrescentou o pontífice. Ele denunciou a injustiça, ódio e a violência", entre os indivíduos e povos. "Estes são os flagelos da humanidade, abertos e que apodrecem em todos os cantos do planeta, embora eles sejam freqüentemente ignorados e algumas vezes deliberadamente ocultados, são feridas que torturam as almas e os corpos de inúmeros de nossos irmãos e irmãs", disse o pontífice.

A tradicional mensagem "Urbi et Orbi" (do latim, que significa "para a cidade e para o mundo") encerrou a missa celebrada pelo papa e foi lida durante uma pesada chuva que caía sobre a praça de São Pedro, lotada por milhares de peregrinos, turistas e romanos, que se amontoavam embaixo de guarda-chuvas.

Durante a missa, Bento XVI também exaltou as conversões para o Cristianismo, um dia depois de ter batizado um conhecido jornalista muçulmano. Na Páscoa, os cristãos celebram sua fé na ressurreição de Jesus, dois dias depois dele ter sido crucificado. Graças a pregão dos apóstolos sobre a ressurreição, "milhares e milhares de pessoas se converteram ao Cristianismo", disse o papa.

"E este é um milagre que se renova todos os dias", disse o pontífice horas depois de ter batizado sete adultos durante a vigília da noite de sábado (22). Entre os convertidos estava Magdi Allam, um proeminente jornalista e comentarista na Itália, que recebeu ameaças de morte por suas denúncias do fanatismo islâmico. Allam, de 55 anos, vice-editor do jornal Corriere della Sera, nasceu muçulmano no Egito, mas foi educado por católicos e disse que nunca foi um muçulmano praticante. Ele escreveu uma carta, publicada na primeira página do jornal, onde diz que agora está assumindo o nome do meio Cristiano – cristão em italiano.

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