O Papa Francisco condenou neste domingo (25) o tiroteio que matou três pessoas em um museu judaico em Bruxelas, na Bélgica, no sábado (24). Ele ainda condenou o antissemitismo ao chegar em Israel na última parte de sua viagem pela Terra Santa.

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Francisco foi recebido com honras no aeroporto e os principais oficiais do país fizeram fila para cumprimentá-lo. Em seus comentários iniciais, o Papa expressou esperança na paz no Oriente Médio, lamentando que a cidade de Jerusalém “permaneça com muitos problemas como resultado de conflitos”.

Lendo um texto previamente escrito, Francisco condenou “o ato criminoso de antissemitismo” em Bruxelas, onde três pessoas, incluindo dois israelenses foram mortos em tiroteio em um museu.

“Com um coração em dor, eu penso naqueles que perderam suas vidas no ataque cruel de ontem em Bruxelas”, disse. “Eu peço a misericórdia de Deus às vítimas e peço a recuperação dos feridos.

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Ele pediu uma solução justa e duradoura para que os israelenses e palestinos vivam em paz e afirmou que Israel merece paz e segurança “dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas” enquanto os palestinos têm o “direito de viver com dignidade e com liberdade de movimento” em sua própria terra.

Ele condenou o Holocausto dizendo que se trata do “símbolo da profundidade do mau no qual a humanidade pode mergulhar”. Francisco deve ainda visitar o memorial nacional do Holocausto na segunda-feira.

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Mais cedo, o presidente de Israel, Shimon Peres, agradeceu a Francisco pelo posicionamento contra o antissemitismo e lembrou o ataque em Bruxelas. “Você carrega uma mensagem de irmandade entre as pessoas, e de amizade para todos”, afirmou.

Francisco chegou a Tel Aviv depois de visitar Belém, na Cisjordânia, onde enviou um sinal de simpatia aos palestinos. Durante sua visita a cidade berço do cristianismo, ele mergulhou na política do Oriente Médio chamando o impasse atual nas conversas de paz entre Israel e palestinos de “inaceitável”.

Francisco fez um convite aceito pelos presidentes israelense e palestino para uma visita ao Vaticano. A polícia da Bélgica pediu neste domingo apoio do público para encontrar o atirador que matou três pessoas e deixou diversos feridos em um museu judaico na capital neste sábado.

Imagens de câmeras de segurança publicadas pela polícia federal belga mostram um homem usando boné escuro e carregando uma mochila. Um casal israelense de 50 anos e uma mulher francesa foram mortos no ataque pouco depois das 16h no horário local.

Um homem belga luta pela vida no hospital. O ataque fez com que o governo da Bélgica se comprometesse a aumentar a segurança em comunidades judaicas. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.