Os palestinos pediram hoje aos Estados Unidos e a Israel que informem quais são as fronteiras do Estado de Israel, após Washington ter pedido à Autoridade Nacional Palestina (ANP) que reconsidere o pedido israelense de reconhecimento como um “Estado judeu” em troca de uma possível extensão na proibição às construções nos assentamentos judaicos na Cisjordânia.

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“Nós pedimos oficialmente que a administração norte-americana e o governo de Israel providenciem um mapa das fronteiras do Estado de Israel, o qual eles querem que nós reconheçamos”, disse o funcionário palestino Yasser Abed Rabbo, da ANP.

Os comentários de Rabbo foram feitos após o Departamento de Estado dos EUA ter pedido aos palestinos que estendam a contraproposta de Israel para ser reconhecido como “Estado judeu”. Os palestinos rejeitam o pedido americano, dizendo que o reconhecimento da identidade judaica de Israel não tem relação com o processo de paz. Os palestinos pediram à administração norte-americana que determine as linhas da fronteira de 1967 como o ponto de partida para as negociações finais de limites fronteiriços entre Israel e um futuro Estado da Palestina.

“Nós queremos saber se esse Estado (Israel) inclui nossas terras e casas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental”, disse Abed Rabbo, referindo-se às terras palestinas ocupadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. “Se esse mapa for baseado nas fronteiras de 1967 e significar o fim da ocupação israelense em todas as terras palestinas, então nós reconhecemos Israel sob qualquer nome que ele denomine a si próprio, de acordo com a lei internacional”, disse o negociador palestino, sem dar detalhes. “Esperamos uma resposta de Tel-Aviv e de Washington”.

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Questionado sobre os comentários de Abed Rabbo, o chefe da Casa Civil de Israel, Silvam Shalom, disse que é “inaceitável a volta às linhas de junho de 1967”. As informações são da Dow Jones.