Palestinos lançam míssil contra Israel e ameaçam trégua

Militantes palestinos dispararam nesta quinta-feira (26) um foguete a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel, sem causar vítimas ou danos, mas minando uma frágil trégua que já dura uma semana. O acordo de cessar-fogo, mediado pelo Egito, foi fechado para acabar com o ciclo de ataques palestinos e duras represálias israelenses. Foi a segunda violação da trégua feita pelos militantes palestinos.

O escritório militar israelense disse que o foguete caiu em um campo aberto de uma fazenda comunitária. O governo israelense não respondeu imediatamente, mas oficiais disseram que o ministro da Defesa, Ehud Barak, fez uma reunião para decidir qual será a resposta.

O ceticismo sobre a possibilidade do cessar-fogo durar se espalhou antes mesmo da sua entrada em vigor, em 19 de junho. O objetivo inicial era parar com os ataques de morteiros e foguetes contra o sul de Israel, que durou nos últimos anos, e ao mesmo tempo amenizar o forte bloqueio que Israel mantém à Faixa de Gaza.

Israel interrompeu na última terça-feira (24) o transporte de cargas na sua fronteira com a Faixa de Gaza, após os militantes terem disparado três foguetes. Desde então a fronteira voltou a ser fechada e isso cortou o fornecimento de mercadorias básicas como alimentos.

Antes do ataque desta quinta, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, denunciou o fechamento da fronteira como uma "severa brecha no cessar-fogo." O Hamas, que governa a Faixa de Gaza nos últimos doze meses, disse que respeitaria a trégua, mas não entraria em confronto com militantes de outras facções que desrespeitassem o pacto.

A Brigada de Mártires de Al-Aqsa, um grupo violento ligado ao rival do Hamas, o grupo Fatah, assumiu a responsabilidade pelo ataque desta quarta-feira. Em comunicado divulgado à imprensa, a Brigada afirma que "a trégua precisa incluir a Cisjordânia e todos os tipos de agressão precisam acabar". A Cisjordânia é governada pelo moderado presidente palestino Mohammed Abbas, que perdeu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas um ano atrás.

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