Centenas de palestinos detidos por Israel iniciaram uma greve de fome nesta terça-feira em protesto às condições nas prisões israelenses e pelo fim das detenções sem julgamento.
Cerca de 3,5 mil detentos recusaram as refeições no chamado “Dia do Prisioneiro”, uma data anual em que os palestinos demonstram solidariedade aos colegas presos, segundo a porta-voz do serviço prisional israelense, Sivan Weizman. Destes, 1,2 mil disseram que pretendiam continuar com a greve indefinidamente.
O protesto é um dos maiores já realizados, de acordo com Sahar Francis, do Addameer, grupo que defende os direitos de prisioneiros. Outros dez palestinos já estavam em greve de fome, dois dos quais foram hospitalizados depois de recusarem comida por mais de 40 dais, afirmou Francis.
A iniciativa dos palestinos, que inclui manifestações por toda a Cisjordânia e Faixa de Gaza, coincidiu com a soltura programada de Khader Adnan, que ficou sem comer por 66 dias, um recorde na história da Palestina, e deverá ser libertado ainda hoje como parte de um acordo com o governo israelense.
Adnan, um porta-voz do violento grupo Jihad Islâmica, fez greve de fome em protesto à política de “detenção administrativa” de Israel, pela qual os palestinos podem ser condenados por tribunais militares a meses ou anos de prisão sem acusação formal. Em fevereiro, os israelenses concordaram em libertá-lo no final de sua pena desde que Adnan interrompesse a greve. As informações são da Associated Press.