Faixa de Gaza

Palestinos chegam a acordo de cessar-fogo com Israel

Autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica, os principais grupos de combate na Faixa de Gaza, afirmaram nesta terça-feira terem chegado um acordo com Israel para encerrar as sete semanas de guerra que deixaram mais de 2 mil palestinos mortos. Não houve comentários sobre a questão do lado israelense.

Ziad Nakhala, graduado integrante da Jihad Islâmica, disse que o acordo pede um cessar-fogo “ilimitado” e a concordância de Israel em aliviar o bloqueio a Gaza, de forma a permitir a entrada de suprimentos e materiais de construção no território costeiro.

Conversações sobre questões mais complexas, como a exigência do Hamas para a construção de um aeroporto e de um porto em Gaza, começarão em um mês, afirmou ele.

O Egito, país que vem mediando as negociações entre Israel e militantes palestinos, deve fazer o anúncio a respeito do acordo ainda nesta terça-feira.

Um funcionário do Hamas, que falou em condição de anonimato, confirmou os termos do acordo.

Se os termos do cessar-fogo foram confirmados, significarão efetivamente que o Hamas estabeleceu condições semelhantes às que encerraram mais de uma semana de confrontos com Israel em 2012.

Sob esses termos, Israel prometeu aliviar as restrições gradualmente, enquanto o Hamas prometeu interromper o lançamento de foguetes em direção a Israel. A trégua foi respeitada, mas o bloqueio a Gaza permaneceu praticamente intacto.

Israel e o Egito impuseram o bloqueio em 2007, depois de o Hamas ter tomado o controle de Gaza em 2007. Pelas restrições, os 1,8 milhão de moradores de Gaza não podem viajar nem realizar operações comerciais. Apenas alguns milhares recebem autorização para sair do território costeiro a cada mês.

Durante os confrontos atuais, o Hamas havia dito que só respeitaria um cessar-fogo se o bloqueio fosse levantado. Porém, nos últimos dias, Israel intensificou os ataques a Gaza, derrubando cinco arranha-céus com escritórios, apartamentos e lojas desde o final de semana.

Os confrontos em Gaza, iniciados no começo de julho, já deixaram pelo menos 2.133 palestinos mortos, a maioria civis, e mais de 11 mil feridos, segundo autoridades de saúde palestinas e a Organização das Nações Unidas (ONU). A ONU estima que mais de 17 mil casas tenham sido destruídas, o que deixa 100 mil moradores do território desabrigados.

Do lado israelense, 68 pessoas morreram, sendo que apenas quatro não eram militares. Fonte: Associated Press.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna