Países prometem US$ 1,2 bi em ajuda à Síria

O Kuwait, os Estados Unidos e outros países prometeram até agora doar mais de US$ 1,2 bilhão em novos recursos para ajudar o sofrimento dos sírios afetados pela guerra civil no país nesta quarta-feira, início da conferência internacional de arrecadação, que tem como objetivo arrecadar os US$ 6,5 bilhões necessários para atender as necessidades dos afetados pelo conflito neste ano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Os Estados Unidos prometerem enviar uma ajuda adicional de US$ 380 milhões, mas alertaram que os esforços internacionais para aliviar o sofrimento do país irão fracassar se o presidente Bashar Assad se recusar a permitir que a ajuda humanitária chegue às pessoas que dela necessitam.

Os Estados Unidos são o maior doador único para a Síria. Mas este novo compromisso de financiamento, anunciado pelo secretário de Estado John Kerry, é apenas uma fração do que a ONU espera arrecadar em 2014.

A ONU realiza nesta quarta-feira um encontro para arrecadar fundos para as vítimas da guerra civil na capital do Kuwait. Funcionários da entidade não esperam conseguir todo o montante neste evento, mas acreditam que a reunião concentre uma maior atenção internacional sobre o conflito, que entra em seu terceiro ano.

O emir do Kuwait, xeque Sabah Al Ahmad Al Sabah, abriu a conferência prometendo uma ajuda de US$ 500 milhões, superando a doação do país de US$ 300 milhões do ano anterior. “Apelo para que o Conselho de Segurança e os Estados membros coloquem de lado as suas diferenças para chegar a uma solução” disse ele. “O Conselho de Segurança deve assumir a sua responsabilidade histórica”.

“Os combates marcam a Síria há anos, até mesmo décadas”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que preside o evento. “Eu conto com vocês para mostrar ao povo sírio do mundo está aqui para ajudar”, disse Ban Ki-Moon.

Kerry pediu que o fórum ajude a buscar uma solução para a guerra civil, que se estende há quase três ano no território sírio. “Nós não temos a ilusão de que o nosso trabalho, ou qualquer um dos nossos trabalhos aqui, seja apenas enviar dinheiro”, disse Kerry, culpando Assad por bloquear a ajuda humanitária internacional para as áreas mais atingidas. “Nós da comunidade internacional devemos usar todas as ferramentas que estão à nossa disposição para chamar a atenção do mundo para esses crimes. Eles não são apenas crimes contra a consciência. Eles também são crimes contra as regras da guerra.”

No início desta semana, Kerry se reuniu com aliados internacionais e o principal grupo de oposição moderada na Síria para se prepararem para as negociações de paz na próxima semana, que marcará o primeiro encontro entre opositores e o governo de Assad desde o início da guerra. Fonte: Associated Press.

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