Diplomatas de todas as partes do mundo prometeram combater os militantes do grupo Estado Islâmico “com qualquer meio necessário” enquanto o Iraque pediu aos aliados que impeçam os extremistas onde quer que eles encontrem refúgio. Irã e Estados Unidos descartaram a possibilidade de uma ação conjunta, o que deixa o governo de Bagdá entre dois aliados poderosos e antagônicos.

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Nem Irã nem Síria, que juntos compartilham a maior parte da fronteira com o Iraque, foram convidados para a conferência internacional em Paris, que foi aberta enquanto dois aviões de reconhecimento franceses sobrevoavam o território iraquiano. Mas o Departamento de Estado norte-americano deixou aberta a possibilidade de novas discussões com o Irã ainda nesta semana, embora exclua qualquer cooperação militar.

“Pedimos que as operações aéreas continuem regularmente contra locais ocupados por terroristas. Não devemos permitir que eles encontre refúgios. Devemos segui-los onde quer que estejam. Devemos cortar seu financiamento. Temos de trazê-los à justiça e devemos impedir combatentes em países vizinhos de juntarem-se a eles”, declarou o presidente iraquiano, Fouad Massoum.

Após o fim da conferência, o secretário de Estado norte-americano John Kerry reuniu-se privadamente com Massoum na embaixada iraquiana em Paris e disse a ele que a movimentação para um governo iraquiano inclusivo foi a chave para as promessas feitas nesta segunda-feira. “Eu espero que você sinta que a pressão e o risco valem a pena”, disse Kerry.

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“Estamos começando a sentir isso”, afirmou Massoum, por meio de um tradutor.

Na abertura da conferência, o presidente da França, François Hollande, declarou que “não há tempo a perder” na ação global para combater os extremistas do grupo Estado Islâmico.

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Com as lembranças da invasão do Iraque em 2003 ainda frescas, os Estados Unidos estão, até agora, sozinhos na realização de ataques aéreos e nenhuma nação ofereceu o envio de tropas em terra. Mas aviões de reconhecimento franceses fizeram suas primeiras incursões nesta segunda-feira, informaram funcionários franceses.

“A ameaça terrorista é global e a resposta deve ser global”, disse o presidente francês, abrindo a conferência diplomática nesta segunda-feira, cujo objetivo é chegar a uma estratégia internacional comum contra o grupo. “Não há tempo a perder.”

Durante o encontro, o presidente iraquiano Fouad Massoum pediu uma ação militar coordenada e uma abordagem humanitária, assim como ataques regulares contra seu território que está nas mãos dos extremistas a e eliminação do financiamento ao grupo.

“Não pode haver um refúgio”, disse Massoum. “Temos de secar suas fontes de financiamento.” Fonte: Associated Press.