Países produtores de petróleo fecharam um acordo junto com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção de óleo bruto, num pacto destinado a reduzir a oferta mundial de petróleo, elevar os preços e dar apoio a economias prejudicadas pelo mercado que já registra dois anos de queda.
O acordo vai retirar cerca de 600 mil barris por dia de petróleo bruto do mercado. O acerto acontece depois que a Opep já acordou em reduzir em 1,2 milhão de barris por dia, totalizando quase 2% da oferta mundial de petróleo.
Se cumprido, o acordo representará um nível de cooperação sem precedentes entre os países produtores de petróleo.
A Opep, o cartel de 13 nações que controla mais de um terço da produção mundial de petróleo, tem tentado atrair outros países com cortes de produção para fortalecer seus próprios esforços.
Representantes de vários países reuniram-se na manhã deste sábado para tomar um café da manhã e depois foram para a sede da Opep, no centro de Viena, onde assinaram o acordo.
Garantir uma coalizão além de seu próprio cartel tornou-se importante para a Opep, já que a ascensão dos produtores de petróleo americanos colocou a entidade na defensiva. A Opep teme que qualquer aumento nos preços do petróleo após um corte na produção leve a produção norte-americana a inundar o mercado e diluir as ações do cartel, sem a ajuda da Rússia e de outros países.
A parte difícil tem sido acertar os detalhes de qualquer acordo, incluindo quanto tempo os cortes de produção devem durar, como fazer cumprir o pacto e que estatísticas de produção devem ser usadas como número de base.
Fonte: Dow Jones Newswires
