Países fazem manifestações pró-Tibete

A repressão da China aos manifestos ocorridos no Tibete repercute em todo o mundo. Na sexta-feira (14), foram realizadas manifestações pró-Tibete em vários países, entre os quais, Índia Alemanha, Nepal e Austrália. A Agência Lusa informou que a chanceler alemã Angela Merkel se disse preocupada com a violência no Tibete e apelou ao "diálogo pacífico e direto" entre Pequim e o Dalai Lama, segundo um comunicado divulgado hoje pelo seu porta-voz, Ulrich Wilhelm.

"Uma solução duradoura para a questão do Tibete só pode ser encontrada pela via de um diálogo pacífico e direto entre o governo chinês e o Dalai Lama", diz o comunicado. O porta-voz considerou "importante que os manifestantes, assim como as forças de polícia, sejam chamados moderação e que os direitos individuais sejam respeitados".

O governo alemão apóia o direito dos tibetanos de ter autonomia religiosa e cultural, e defende, ao mesmo tempo, a política de "uma só China", acrescenta a nota oficial. Os manifestos no Tibete começaram há cinco dias quando monges budistas foram presos porque realizavam passeata em defesa de um levante contra o domínio chinês que ocorreu há 49 anos. O Tibete foi anexado ao território da China na década de 1950.

Taiwan também já condenou severamente a China por reprimir as manifestações, num comunicado do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, no qual expressa a sua "apreensão perante a violência da repressão militar chinesa e condena firmemente as medidas tomadas pela China, que violam os direitos humanos".

"A China pretende dar a imagem de um desenvolvimento pacífico ao acolher os Jogos Olímpicos de 2008, mas tem os seus mísseis apontados para Taiwan e trava as aspirações do povo tibetano de liberdade e democracia", criticam ainda as autoridades de Taiwan no seu comunicado. Taiwan separou-se da China Popular após a guerra civil de 1949, quando os nacionalistas de Tchang Kai-chek tiveram de fugir da perseguição dos comunistas.

O governo no exílio do Tibete se constituiu com a fuga do líder religioso de seu país, o Dalai Lama, para a Índia, em 1959. É um governo de inspiração teocrática, que considera ilegítima a presença da China em seu território.

A figura do governo no exílio, no cenário mundial, remete a um grupo político que alega ser o governo legítimo de um país, mas que fica impedido de exercer seu poder legal. O governo tibetano do Dalai Lama não tem o reconhecimento de toda a comunidade internacional.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo