Países do Golfo pressionam Saleh a renunciar no Iêmen

As nações do Golfo Pérsico ampliaram hoje a pressão sobre o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, para que ele deixe o posto, após mais de dois meses de protestos no país. Os membros do Conselho de Cooperação do Golfo “esperam chegar a um acordo para que o presidente iemenita renuncie”, disse o primeiro-ministro do Catar, xeque Hamad bin Jassem al-Thani.

Ontem, Saleh agradeceu a mediação do Conselho de Cooperação do Golfo, segundo comunicado da agência estatal de notícias Saba. No texto, Saleh dizia esperar que um “diálogo sério e frutífero supere a atual crise”.

O plano oferecido a Saleh prevê que ele entregue o poder a seu vice, Abdrabuh Mansur Hadi, enquanto fornece garantias para ele e sua família, segundo a oposição. Um diplomata em Sanaa confirmou o conteúdo da proposta, acrescentando que ela inclui a formação de um governo de união nacional liderado pela oposição.

Um líder da oposição iemenita, Mohammed al-Sabri, do Fórum Comum, disse que qualquer esforço para a saída de Saleh é “naturalmente bem-vindo”.

Um aliado próximo dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, Saleh está no poder desde 1978. Ele enfrenta protestos desde o fim de janeiro, que já resultaram em 125 mortes, segundo médicos e testemunhas. Saleh é um aliado importante de Washington na luta contra a Al-Qaeda, mas os EUA criticaram a ação dele reprimindo protestos nas cidades de Taez e Hudaydah, onde 20 manifestantes foram mortos a tiros nesta semana. As informações são da Dow Jones.

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