Os líderes de países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) prometeram hoje continuar o processo de integração econômica na região, mesmo que até o momento tenham fracassado em avançar na resolução de importantes problemas, como a recente e violenta disputa de fronteira entre Tailândia e Camboja. Segundo reportagem do Wall Street Journal, os líderes de dez países que formam o Asean concluíram um encontro de dois dias com a promessa de redobrar os esforços de integração até 2015, além de combater crises de alimentos e energia em meio à alta dos preços das commodities.
O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, que presidiu o encontro da Asean, disse que “as crises atuais nos alimentos e em energia estão aumentando as necessidades de investimentos em pesquisa e agricultura”. O Asean envolve Brunei, Camboja, Laos, Mianmar, Filipinas, Tailândia, Malásia, Cingapura, Vietnã e Indonésia, países cuja soma do PIB é de cerca de US$ 1,8 trilhão, com população de mais de 500 milhões de pessoas.
O encontro não registrou grande progresso na disputa de fronteira entre Tailândia e Camboja nem em outras questões estritamente regionais, como as queixas de competição com ilhas do sul da China e as dúvidas sobre como interagir com a campanha de Mianmar para ganhar respeito, mesmo sendo acusado de cometer abusos de direitos humanos.
O bloco asiático há tempos é criticado por acadêmicos e economistas, por ser apenas um lugar de conversas e sem vontade política para dar passos sérios no sentido da integração das economias. Mesmo alguns membros do grupo resistiram à ideia de ter um Asean mais forte, favorecendo políticas de não intervenção nos assuntos internos dos vizinhos. As informações são da Dow Jones.