O comércio de plantas e animais promete causar atritos diplomáticos nos próximos dias. Representantes de 171 governos estão reunidos desde ontem na Holanda para debater o futuro do comércio de espécies ameaçadas diante das preocupações com a preservação do meio ambiente. Mas as propostas terão impactos econômicos.

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A União Européia (UE) quer dificultar o comércio de algumas espécies de madeira brasileira, como o cedro. O Brasil, por sua vez, quer restrições ao comércio de lagosta e a liberação do comércio do jacaré, hoje interditado. Há ainda propostas para limitar o comércio de corais para a fabricação de jóias e para banir o comércio de marfim.

A reunião ocorre no marco da Convenção de Comércio Internacional sobre Espécies Ameaçadas (Cites). Cerca de 40 propostas estão sendo debatidas. Entre os governos, ninguém nega que o comércio dessas espécies é um negócio lucrativo. Das 350 milhões de espécies de plantas e animais comercializados por ano apenas a Europa importou US$ 93 bilhões em 2005, segundo a entidade WWF. Os especialistas alertam que, sem controle, muitas dessas espécies podem desaparecer nos próximos anos.

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