Países devem se preparar para 2ª onda da nova gripe

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu que os governos se preparem para uma provável segunda onda de casos de gripe suína, advertindo que eles terão de enfrentar decisões difíceis sobre como distribuir vacinas. “Precisamos nos preparar para uma segunda ou terceira onda de contágio, como foi visto em pandemias anteriores.” O comunicado de Chan foi divulgado no momento em que mais de duas dezenas de companhias farmacêuticas ao redor do mundo se esforçam para produzir uma vacina segura e efetiva contra a Influenza A (H1N1), enquanto se aproxima o inverno do Hemisfério Norte.

“Não podemos dizer com certeza se o pior já passou ou se ainda está por vir”, disse Chan, num discurso gravado, transmitido durante a abertura de um simpósio de três dias sobre gripe na região da Ásia-Pacífico. “Precisamos estar preparados para quaisquer surpresas que este novo e caprichoso vírus trouxer”, afirmou. “A constante mutação aleatória é o mecanismo de sobrevivência do mundo microbial”, disse.

Cerca de 1.800 pessoas morreram em todo o mundo desde a descoberta do vírus, em abril, segundo a última atualização emitida pela OMS nesta semana. A grande maioria dessas mortes foi registrada no continente americano. A OMS declarou pandemia global em junho e agora diz que há casos confirmados em mais de 170 países.

Embora a epidemia pareça estar se enfraquecendo no hemisfério sul, os preparativos devem ser acelerados no hemisfério norte, na medida em que a temporada de gripe sazonal se aproxima, disse Chan. “Como todo vírus de gripe, o H1N1 tem do seu lado a vantagem da surpresa”, declarou. “Nós temos do nosso lado a vantagem da ciência e da investigação racional, apoiada pela coleta de dados, análise e comunicação, que têm uma força sem precedentes.”

Vacina

Chan afirmou que a questão de como garantir oferta adequada de vacina em todo o mundo tem de ser enfrentada com prioridade. “Precisamos buscar aconselhamento sobre grupos prioritários para proteção inicial”, disse a diretora-geral da OMS. “Esta é uma das decisões mais difíceis que teremos de tomar, especialmente quando se sabe que a oferta será extremamente limitada em alguns dos próximos meses”. As informações são da Dow Jones.

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