A eclosão do conflito entre Rússia e Geórgia por causa dos movimentos separatistas das repúblicas da Ossétia do Sul e da Abkázia trouxe preocupação às autoridades diplomáticas da União Européia e, principalmente, às ex-repúblicas soviéticas na Europa e na Ásia Central que têm minoria russa.
Além de discutir medidas para obrigar o Kremlin a cumprir o acordo de paz assinado em 12 de agosto, a Cúpula Extraordinária de Bruxelas, que reunirá amanhã líderes dos 27 países da UE, discutirá as ameaças que pairam sobre pelo menos dois países: Ucrânia e Moldávia.
Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia estão entre os países que solicitaram ao Conselho Europeu a adoção de sanções contra a Rússia. As quatro nações são as mais dependentes do fornecimento de gás e petróleo russos, e temem pressões econômicas do Kremlin. França e Alemanha, líderes da UE, contudo, já descartaram a adoção de sanções na reunião desta segunda-feira (1.°).
A conferência tem três objetivos centrais: manifestar apoio à Geórgia, deixar claro ao Kremlin que a crise pode afetar as relações do bloco com a Rússia e, finalmente, discutir a situação da Ucrânia, novo foco das preocupações regionais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.