Os médicos britânicos Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, a garota desaparecida desde o dia 3 de maio de 2007 no sul de Portugal, planejam processar o ex-inspetor-chefe da Polícia Judiciária portuguesa por publicar um livro sobre o caso.
Em “Maddie, a verdade da mentira”, o ex-policial Gonçalo Amaral detalha acusações contra o casal e o grupo de amigos com o qual os McCann jantaram na noite do desaparecimento de Madeleine na cidade portuguesa de Praia da Luz.
Os pais de Madeleine indicaram que irão processar Amaral, os jornais portugueses que reproduzirem partes do livro e os blogs onde for discutido o conteúdo da obra vendida na Inglaterra por cerca de US$20. Em seu livro, Amaral, de 48 anos e afastado do caso no último mês de outubro após criticar a polícia britânica, sugere que os McCann estiveram por trás da morte de Madeleine.
Na última segunda-feira (21) a Polícia portuguesa decidiu encerrar o caso do desaparecimento da garota, após 14 meses de investigação.
A Procuradoria-Geral de Portugal, por sua vez, liberou os McCann, assim como o britânico Robert Murat, que haviam sido declarados suspeitos formais da investigação.
Amaral declarou que seu livro “não é nem uma revanche nem uma perseguição”. “Podemos discutir o caso na corte se isso é o que eles querem”, acrescentou.
Além disso, foi informado que os advogados de defesa dos McCann terão acesso aos documentos da investigação policial.
Clarence Mitchell, porta-voz oficial do casal, confirmou que a família apresentou um recurso legal para que seus advogados possam ter acesso aos documentos.