Um pacote de documentos debatido durante a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Durban deve ser submetido a aprovação ainda hoje.
A ministra das Relações Exteriores da África do Sul e presidente da conferência climática da ONU, Maite Nkoana-Mashabane, enfatizou aos delegados que a falta de um acordo após 16 dias de negociações seria um revés insustentável aos esforços internacionais para controlar as emissões de gases causadores do efeito estufa. “Este sistema multilateral continua frágil e não irá resistir a um novo choque”, disse durante uma reunião, ocorrida cerca de 24 horas depois do prazo original do encerramento da conferência.
Segundo Maite,o pacote é composto de quatro documentos e estava sendo impresso. A chanceler sul-africana admitiu que se trata de um acordo imperfeito, mas que reflete anos de negociações sobre temas que têm prejudicados os esforços na ONU.
As mais de cem páginas de documentos dariam nova vida ao Protocolo de Kyoto, de 1997 e que expira em 2012. Um documento separado pede que grandes emissores como a China e Índia, ausentes de Kyoto, aceitem metas mais rigorosas de controle de emissões.
A conferência climática da ONU opera por consenso, motivo pelo qual não haverá votação.
Horas antes, diversos ministros e negociadores climáticos começaram a deixar a cidade sul-africana de Durban sem que um acordo tivesse sido alcançado. Os negociadores de 194 países atravessaram as noites de quinta e sexta-feira na busca por um acordo e continuaram deliberando hoje. As informações são da Associated Press.