Nove pessoas estavam desaparecidas após um barco que carregava 27 trabalhadores indonésios ter naufragado na costa leste da Malásia nesta quinta-feira (19), informou a agência marítima do país, no segundo acidente desse tipo em dois dias.
Na quarta-feira (18), um barco de madeira superlotado, que levava imigrantes indonésios de volta para casa, virou e 23 pessoas ainda estão desaparecidas. A morte de 11 pessoas foi confirmada e pelo menos 63 pessoas sobreviveram.
Hamid Mohamad Amin, funcionário da agência marítima, disse que o segundo barco naufragou na manhã desta quinta-feira, em mares revoltos, cerca de 20 quilômetros da cidade de Sepang, subúrbio de Kuala Lumpur.
Segundo ele, 18 pessoas, dentre elas quatro mulheres, foram resgatadas por navios mercantes que passavam, mas nove ainda estavam desaparecidas. Um dos sobreviventes estava seriamente ferido e foi hospitalizado.
Segundo Hamid, acredita-se que o pequeno barco estava indo para Tanjung Balai, que fica na ilha indonésia de Sumatra, para levar os trabalhadores de volta para casa antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã. Hamid disse que o barco estava superlotado e que sua capacidade era de apenas 10 pessoas.
Dezenas de milhares de indonésios trabalham ilegalmente em fazendas e fábricas na Malásia e viajam entre os países cruzando o Estreito de Malaca, geralmente em embarcações precárias.
Na quarta-feira, um barco com 97 indonésios emborcou a cerca de 4 quilômetros da praia quando ia em direção da província de Aceh, na Malácia. O embaixador indonésio Herman Prayitno disse à mídia malaia na noite de quarta-feira que os imigrantes pagaram US$ 373 dólares cada um pela viagem para a Indonésia para celebrar o Ramadã.
“Foi uma tragédia”, disse ele. “Muitos deles estavam no país ilegalmente, já que seus vistos de turista haviam expirado e eles permaneceram. Eles estavam encontrando trabalho aqui, mas estavam voltando para a Indonésia para o Ramadã.”
Tais acidentes são comuns na Malásia, que tem cerca de 2 milhões de imigrantes indonésios que trabalham ilegalmente no país. Fonte: Associated Press.