Sete meses depois de romper relações com a Rússia por causa da invasão da Geórgia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) retomou formalmente os laços com Moscou hoje. Depois de um longo debate, os ministros de Relações Exteriores da Otan, reunidos hoje em Bruxelas, concordaram em reativar o Conselho Rússia-Otan, um fórum de debates sobre uma vasta gama de assuntos.

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A Lituânia argumentou que a decisão deveria ser adiada até a reunião de chefes de Estado da Otan, marcada para o início de abril. Já a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, foi contra o adiamento da decisão, dizendo-se favorável a “explorar um novo começo” com a Rússia. Numa entrevista coletiva concedida ao término do encontro de chanceleres, o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, anunciou que o assunto estava resolvido, como já era esperado.

“A Rússia é um ator importante, um ator global, e isso quer dizer que não nos relacionarmos com ela está fora de cogitação”, declarou Scheffer durante a conversa com jornalistas. A expectativa é de que a reaproximação entre a Otan e a Rússia dê vulto aos esforços do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para estabelecer laços mais fortes com Moscou depois de anos de atrito durante o governo George W. Bush.

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