Diretor de um dos órgãos de fiscalização do governo no Egito, Hesham Genena, criou um alvoroço ao informar que teria descoberto esquemas de corrupção envolvendo bilhões de dólares e instituições como a polícia, agências de inteligência e o judiciário.
Como resultado, seus rivais o bombardearam na mídia, chamando-o de simpatizante da Irmandade Muçulmana. Sua insistência em tornar públicas as alegações de corrupção renderam dois processos judiciais contra ele, incluindo um por insultar juízes.
Com dificuldades para transformar as investigações em ação, ele encaminhou centenas de casos ao procurador-geral, mas afirmou que menos de 7% deles foram investigados. Hesham Genena alega que as agências de segurança impediram seus funcionários de inspecionar os documentos.
“Eu não posso dizer que eles interromperam todas as investigações, mas não estão respondendo aos nossos pedidos”, disse sobre o escritório do procurador-geral em entrevista à Associated Press. “Quanto eu envio o relatório, eles devem responder. Mas eles não responde e não temos como saber.”
Aos 60 anos, o diretor da Organização Central de Auditoria, uma agência encarregada de fiscalizar as finanças do governo, afirmou que o Egito é um país prestes a desaparecer por causa da corrupção por parte dos regimes. “O que eu estou buscando é dar um choque na sociedade e consertá-la”, disse Genena. Fonte: Associated Press.