O governo da presidente da Argentina Cristina Kirchner encaminhará na semana que vem ao Parlamento argentino o projeto de lei do Orçamento Nacional de 2009, que prevê uma inflação de 7,6% no ano que vem. O índice estipulado no projeto gera polêmica, já que os economistas independentes destacam que a inflação do ano que vem será superior a 20%, podendo chegar facilmente aos 25%, caso o governo continue sem um plano concreto de combate à escalada inflacionária. Os economistas ressalta que a inflação deste ano estará entre 25% e 32%. Mas, o governo – acusado de manipulação dos índices inflacionários – sustenta que será inferior a 10%.

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No projeto, o governo prevê um crescimento econômico de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. Mas, esta previsão, desde 2003, costumou ser realizada de forma a subestimar a realidade.

Os economistas consideram que embora a economia em 2009 não vá apresentar mais o crescimento ostensivo anual de mais de 8%, registrado nos últimos cinco anos, o desempenho será melhor que o previsto pelo governo no Orçamento. Segundo os economistas, o crescimento do PIB em 2009 deve ser de 5% a 6%, sendo que, para 2008, o crescimento deve ficar entre 7% e 8%.

Para 2009, a meta do governo é conseguir um superávit primário (economia que o governo faz para pagamento de juros da dívida) de 3,13% do PIB, o equivalente a US$ 11 bilhões. O projeto de Orçamento também estima que a cotação do dólar ficará ao redor de 3,35 pesos, superior em 10% à média deste ano.

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Os analistas destacam que o governo tentará no ano que vem elevar o dólar nominal, exigência dos setores industriais e agropecuários, que alegam que precisam de maior competitividade por meio do câmbio.

Ainda segundo o projeto, as exportações chegarão a US$ 69,6 bilhões e a previsão de superávit comercial é de US$ 7,9 bilhões.

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