Parlamentares húngaros elegeram, neste sábado, Viktor Orban, como primeiro-ministro para um segundo mandato, após seu partido, o Fidesz, vencer as eleições parlamentares em 6 de abril, obtendo a maioria de dois terços.
Os parlamentares do partido governista votaram a favor da indicação de Orban, enquanto a oposição votou contra. Ele venceu com folga, como era esperado.
Em um discurso no Parlamento após a cerimônia de posse, Orban prometeu continuar a trabalhar para defender os interesses nacionais e perseguir os valores cristãos.
O partido Fidesz se considera conservador em questões sociais e nacionalista em questões de integração europeia. Orban, que é frequentemente denominado pelos críticos como um populista, impôs um limite rigoroso sobre o déficit orçamentário, aumentou os impostos em setores dominados por empresas internacionais, baixou a inflação com os preços de energia sendo impostos pelo governo e colocou a economia de volta no caminho da recuperação, principalmente com a utilização dos recursos da União Europeia.
Orban disse neste sábado que seu governo agirá no interesse de todos os cidadãos húngaros, incluindo aqueles que vivem fora das fronteiras do país. Nesse sentido, ele pediu autonomia de húngaros étnicos que vivem em países vizinhos, citando a Ucrânia, onde a minoria húngara soma 200 mil pessoas. Embora tenha expressado preocupação no passado sobre a segurança dos húngaros étnicos na Ucrânia, essa foi a primeira vez que Orban pediu autonomia na área em que eles vivem, situada no extremo sudoeste do país, que é política e etnicamente dividido. Fonte: Dow Jones Newswires.