Opositores denunciam prisão de 20 dissidentes em Cuba

 

Dois opositores ao regime cubano, o jornalista Guillermo Fariñas e o ativista Ángel Juan Moya, esposo de uma das dirigentes do grupo Damas de Branco, foram detidos hoje junto com outras 20 pessoas, divulgaram fontes oposicionistas.

Uma nota da organização não governamental Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, assinada pelo seu representante Elizardo Sánchez, informou que as prisões aconteceram na cidade de Santa Clara, a cerca de 250 quilômetros da capital Havana.

Na nota, Sánchez afirma que antes de 15 de setembro ocorreram 200 prisões “arbitrárias” de “dissidentes pacíficos”. Apesar disso, as detenções não foram confirmadas por nenhuma fonte do governo, que considera a oposição como “mercenária dos Estados Unidos”.

Fariñas recebeu, em outubro de 2010, o prêmio Sakharov, concedido pelo Parlamento Europeu a pessoas que se destacaram na defesa pela liberdade de expressão. Em 2010, o jornalista passou 135 dias em greve de fome com a qual pedia a libertação de presos políticos que estavam doentes.

Moya, por sua vez, foi libertado da prisão em fevereiro deste ano junto com outras dezenas de pessoas, resultado de um diálogo entre o governo de Raúl Castro e a Igreja Católica do país. Na ocasião, ele se recusou a ir para a Espanha, como aconteceu com boa parte dos que foram soltos.

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