Pelo menos 30 corpos foram encontrados neste domingo no bairro de Al Asali, em Damasco, enquanto os bombardeios das tropas do regime sírio seguem intensos em várias cidades do país, denunciaram os grupos opositores.

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Os Comitês de Coordenação Local (CCL) e a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) informaram que os corpos encontrados são de habitantes de Al Asali, os quais estavam desaparecidos desde que as forças governamentais invadiram recentemente o bairro.

As vítimas foram detidas pelas forças de segurança sírias, executadas e depois jogadas em uma adega próxima à caixa d’água do bairro situado na capital do país.

Damasco e seus arredores, especialmente as localidades de Zamalka, Saqba e Duma, sofreram fortes bombardeios das tropas sírias durante o dia de hoje. As províncias de Aleppo (norte) e Deir Zur (este) também foram castigadas.

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O número de mortos oscila entre as fontes: enquanto o CCL e a CGRS citam 120 e 90 mortos, respectivamente, incluindo os corpos de Al Asali, o Observatório Sírio de Direitos Humanos só documentou a morte de 44 civis.

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Em Aleppo, ambas as fontes denunciaram duros confrontos entre as forças leais ao regime de Bashar al Assad e os rebeldes. Neste sentido, a agência estatal de notícias “Sana” destacou que o Exército enfrentou “grupos terroristas” em várias zonas da periferia de Aleppo e conseguiu matar dezenas deles.

Neste fim de semana, o histórico mercado de Aleppo foi palco de um devastador incêndio que queimou todos seus 1,5 mil postos comerciais, com bombardeios e confrontos entre ambos os bandos.

Estes fatos coincidem com duas explosões, uma ocorrida na cidade de Qamishli, no noroeste da Síria, e outra no centro de Damasco.

Segundo as Nações Unidas, o conflito que a Síria vive desde março de 2011 já causou mais de 25 mil mortos, enquanto 2,5 milhões de pessoas necessitam ajuda humanitária e mais de 250 mil se refugiaram nos países vizinhos.