O líder da oposição iraniana, Mir Hossein Mousavi, pediu nesta terça-feira que os que “cometeram fraudes” na eleição presidencial do ano passado sejam processados. Ele também prometeu manter vivo o movimento contrário ao governo. “Um julgamento justo daqueles que cometeram fraudes eleitorais, torturaram e mataram manifestantes precisa ser realizado”, disse Mousavi em comunicado para marcar o aniversário da eleição de 12 de junho de 2009.
Mousavi, juntamente com outro líder da oposição, Mehdi Karroubi, rejeitam firmemente a reeleição do rival, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, no que afirmam foi uma eleição “fraudulenta”. Em comunicado divulgado em seu site na internet, o Kaleme.com, Mousavi, que já apoiou o regime islâmico mas se tornou seu crítico, anunciou um “novo capítulo” de objetivos políticos para o movimento opositor.
Ele pediu o “fim do envolvimento de forças policiais e militares na política, a independência do Judiciário, e a acusação dos que estavam à paisana”, uma referência aos vigilantes islamitas. Logo depois do surgimento da disputa eleitoral, autoridades iranianas usaram a milícia de linha-dura Basij e forças de segurança, incluindo as Guardas Revolucionárias, para esmagar os protestos da oposição contra Ahmadinejad.
Dezenas de pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em confrontos, enquanto milhares foram detidas. Mousavi pediu às autoridades para libertar prisioneiros políticos e levantar as restrições aos partidos políticos e movimentos sociais. As informações são da Dow Jones.