Oposição tenta evitar desânimo na Líbia

As derrotas no fronte, a diminuição dos manifestantes e os sinais de que um assalto contra Benghazi se aproxima não abateram o ânimo das centenas de pessoas que foram ontem à Praça dos Mártires, o berço da “revolução”. “Não estamos com medo”, disse Hanen Tarrussi, de 38 anos, ex-funcionária do arquivo da TV estatal, coberta da cabeça aos pés com um chador (véu e vestido) preto. “A vitória virá mais cedo do que tarde. Ficaremos aqui.”

O marido de Essia el-Abeid foi participar da defesa de Ajdabiya, 160 quilômetros a oeste de Benghazi, contra o avanço das forças de Muamar Kadafi. À pergunta sobre se apoiou a decisão do marido, de 25 anos, que trabalha fazendo biscates, Essia, de 24 anos, respondeu: “Eu queria ir com ele para apoiá-lo, mas lá não está seguro agora para mulheres. Talvez mais tarde.” O casal tem uma filha de quatro anos e um filho de oito meses.

“Estou muito triste com o avanço das kataeb (brigadas leais ao regime)”, disse Aisha al-Firjani, de 50 anos. “Fiquei tão feliz com o que conseguimos até agora!” Seu filho de 25 anos levou um tiro no peito. Ele agora passa bem. Ao fugir, atirando a esmo, os membros das kataeb atingiram os dois carros da família.

“Kadafi não poderá entrar, porque todo mundo na região leste vai morrer lutando contra ele”, previu Ahmed Aguri, estudante de economia de 21 anos. “Nosso moral está alto.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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