Os oposicionistas rechaçaram a proposta feita hoje pelo presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, de dividir o poder com os oponentes, e prometeram mais protestos para forçar a queda do mandatário. Segundo Saakashvili, a intenção da proposta seria encerrar uma crise política que resulta em manifestações quase diárias na capital do país, Tbilisi, e convidou a oposição para liderar uma nova comissão com o objetivo de reformar a Constituição e a legislação eleitoral. O parlamentar oposicionista Levan Gachechiladze sugeriu que os protestos devem continuar até a renúncia de Saakashvili, que nega-se a deixar o poder antes do fim de seu mandato, em 2013.

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As manifestações da oposição começaram em 9 de abril e atrapalham várias vias da capital, barrando também entradas de prédios do governo. Os opositores do presidente dizem que as políticas dele minaram o Judiciário, cercearam a liberdade de imprensa e não conseguiram fortalecer a democracia da Geórgia. Eles culpam ainda Saakashvili, apoiado pelos Estados Unidos, por iniciar uma desastrosa guerra com a Rússia, em agosto passado, piorando a situação econômica nacional.

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