Oposição portuguesa quer moção de censura contra governo

O principal partido de oposição de Portugal disse na quinta-feira que pedirá uma moção de censura, ou moção de desconfiança, contra o governo, no sinal mais recente de falta de apoio político no país.

Por mais que a medida tenha poucas chances de ser aprovada no Parlamento, onde a coalizão do governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho possui a maioria dos assentos, a moção se destaca como a mais recente indicação de diminuição de consenso político. Atualmente, o governo se prepara para um debate que deve levar a cerca de 4 bilhões de euros (US$ 5,16 bilhões) em cortes de gastos até 2015.

Algumas das medidas incluídas nesta reforma, que ainda devem ser determinadas, podem exigir uma aprovação da maioria de dois terços. Isso significa que Passos Coelho será obrigado a buscar o apoio dos partidos de oposição para aprová-las.

“Este é o fim de um caminho que havia sido sinalizado em recentes declarações a respeito de uma ruptura com o governo”, disse o porta-voz do grupo de coordenação política do Partido Socialista, José Vera Jardim. O movimento foi motivado pela “tragédia econômica e social em que o país caiu”, disse ele. Não houve nenhuma indicação de quando a moção deve ser apresentada no Parlamento.

No início desta semana, o líder socialista António José Seguro convocou uma reunião de emergência, alegando que o país está em uma “situação de emergência” e o partido precisa arcar com as suas responsabilidades.

A relação entre o governo e a oposição ficou mais tensa após a última avaliação dos credores internacionais de Portugal sobre o programa de resgate do país de 78 bilhões de euros. A troica – Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu – disse que a economia do país deverá contrair 2,3% e o desemprego atingirá 18,2% em média neste ano. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo