O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, sofreu um forte golpe na popularidade, mas não se abalou com as pesquisas e disse que as medidas de aperto fiscal anunciadas na semana passada não foram desenhadas para tornar o governo popular, mas para colocar a economia “de volta nos trilhos”.
Duas pesquisas separadas divulgadas neste fim de semana mostraram que, se a eleição fosse hoje, o representante do Partido Trabalhista Bill Shorten seria eleito. O Orçamento para o próximo ano fiscal, apresentado na semana passada, irritou a população. A coalizão de centro-direita, eleita em setembro do ano passado, quebrou a promessa de não elevar impostos e anunciou um corte de gastos para conseguir reduzir o déficit fiscal.
Em pesquisa realizada pela Newspoll entre os dias 16 e 18 de maio, 34% dos entrevistados disseram preferir Abbott como primeiro-ministro, bem atrás dos 44% que disseram apoiar Shorten. Na pesquisa feita de 2 a 4 de maio, Abbott liderava 40%, contra 38% para o candidato da oposição. Na pesquisa de intenção de voto, o Partido Trabalhista ganharia da coalizão de Abbott por 38% a 36%.
Da mesma forma, em outra pesquisa, feita pela Nielsen, o Partido Trabalhista respondeu por 40% das intenções de voto, e a coalizão governista apareceu logo em seguida, com 35%. Em abril, a coalizão detinha 40% dos votos e o Partido Trabalhista, 34%.
Em conversa com repórteres, Abbott reconheceu que há decisões difíceis no Orçamento, mas argumentou que o objetivo principal é consertar o rumo do país. “Todo governo que traz um Orçamento mais duro sofre um golpe nas pesquisas”, disse.
Os resultados devem aumentar a oposição a algumas medidas do Orçamento pelo Partido Trabalhista e por outro partidos menores, que podem bloquear as medidas no Senado. Fonte: Associated Press.