O líder da oposição da Austrália Tony Abbott, um forte favorito para se tornar o próximo primeiro-ministro do país nas eleições nacionais, previstas para o próximo mês, lançou oficialmente neste domingo a campanha da coalizão com um discurso que ofereceu poucas pistas sobre como suas promessas de gastos serão pagas.
O lançamento da campanha da coalização liderada pelo Partido Liberal ocorreu na costa leste da cidade de Brisbane, capital do Estado de Queensland, um grande campo de batalha para as eleições em 7 de setembro.
O primeiro-ministro, Kevin Rudd, representa um eleitorado de Brisbane e lançará oficialmente a proposta do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, para o terceiro mandato no poder no próximo fim de semana na mesma cidade.
A eleição ocorrerá em um momento de piora nas condições econômicas na Austrália, onde as receitas tributárias diminuíram com o congelamento do boom da mineração, que manteve a nação rica em recursos naturais longe da recessão durante a crise econômica mundial.
A coalizão de Abbott tem superado o partido governista nas pesquisas de opinião pública por mais de dois anos, apesar da baixa taxa de aprovação pessoal do líder da oposição.
Abbott, de 55 anos, instou os eleitores a confiarem em seu governo para levar o orçamento australiano de volta a um superávit após cinco déficits consecutivos registrados pelo Partido Trabalhista desde o início da crise econômica mundial. “O pior déficit não é o do orçamento, mas o de confiança”, declarou o candidato.
Ele prometeu dar prioridade para acabar com as taxas aplicadas no ano passado aos lucros das empresas mineradoras e aos piores poluidores do país por sua emissão de gases poluentes. Mas Abbott disse que não cortará os pagamentos adicionais de bem-estar para a maioria das famílias australianas a fim de compensá-las pelos preços mais altos da energia devido ao também chamado imposto de carbono.
Ele também prometeu cumprir as promessas dos Partido Trabalhista de aumentar o financiamento para serviços para pessoas com deficiência e para a educação. Fonte: Associated Press.