Dois dos principais partidos da oposição na Bolívia, o Movimento Democrata Social (Democratas) e a Unidade Nacional (UN), formalizaram no domingo, 11, uma aliança para as eleições presidenciais de 2019, nas quais o presidente Evo Morales, no poder desde 2006, deve tentar um quarto mandato.

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Em um ato em Santa Cruz de La Sierra, os dois partidos prometeram incorporar todas as forças que se comprometam com a construção da unidade da oposição boliviana. O principal nome dos Democratas é o governador do Departamento (província) de Santa Cruz, Rubén Costas. A UN é liderada pelo ex-candidato à presidência Samuel Doria Medina, derrotado por Evo nas eleições de 2014.

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“Depositamos no nosso presidente Rubén Costas a confiança para construir essa aliança e unir as forças de oposição”, disse o bloco, em nota, segundo o diário La Razón. “Convidamos todos os partidos que façam parte desta aliança a continuar este trabalho.

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A UN confirmou sua adesão à coalizão mesmo sem a presença de Doria Medina no ato. “Nosso interesse prioritário é a união com um partido irmão e autorizamos nosso presidente Doria Medina a buscar uma aliança político-eleitoral, com base na vontade idêntica de lutar pelo respeito ao voto popular e à democracia”, disse a UN. Ainda não está definido quem liderará a chapa que desafiará Evo nas urnas em 2019.

A nova candidatura de Evo o possibilitaria a alcançar um quarto mandato. Eleito em 2005, ele disputou mais duas eleições depois de a atual Constituição boliviana ter sido aprovada em 2009.

Como a nova Carta permite apenas uma única reeleição, Evo tentou emendá-la por meio do referendo, mas acabou derrotado e recorreu à Justiça, que, Com a maioria dos magistrados ligados ao presidente, liberou a candidatura um ano depois. O congresso opositor do domingo foi batizado de “A força do não”, em relação a esse referendo.

Apesar de ter a candidatura liberada, Evo tem evitado atos de campanha, depois que protestos contra sua candidatura têm se tornado mais comuns. No fim de semana, em um evento que homenageava o aniversário do Departamento de Potosí, o presidente e o vice Alvaro Garcia Linera evitaram o evento, em meio a gritos de “A Bolívia disse não”, em referência à derrota no referendo.

“São pessoas que nunca produziram nem sequer uma batata, mas reclamam e protestam”, disse Linera.

No sábado, um jovem identificado como Rafael Chambi Julián, de 26 años, foi detido por arremessar um copo d’água contra o presidente. Ele pode ser indiciado por “atentar contra a integridade do presidente”, com pena de 5 a 10 anos de cadeia. Líderes opositores pediram sua libertação e prometeram custear sua defesa. Com agências internacionais